Com o crescimento notável da população das jubartes e outras espécies de baleias em águas brasileiras, cresce também o potencial de impactos das atividades humanas sobre elas. Um desses impactos mais graves e que gera enorme sofrimento aos animais envolvidos é o emalhe em redes de pesca, um problema global que vem exigindo ações concretas dos países costeiros para sua mitigação.
O Projeto Baleia Jubarte participa desse esforço e no início de junho ajudou a coordenar com recursos próprios mais um Curso de Desemalhe, desta vez em Ilhabela, SP, com apoio logístico local do Instituto Argonauta e participação de ICMBIO/CMA, IBAMA, Laboratório de Zoologia/UDESC, Mar e Vida Eco Trip, Octopus Dive, Projeto Baleia à Vista, e barco Capitão Ximango. 40 pessoas participaram das atividades teóricas e práticas, incluindo membros da comunidade de pesca artesanal e o Secretário-Adjunto das Comunidades Tradicionais, Pesca e Agricultura de Ilhabela, Felipe Garcia (Caranha).
O grande desafio continua sendo o de se estabelecer ao longo da costa brasileira pontos de armazenamento de equipamentos para o desemalhe, mas enquanto estes não são criados é importante ampliar a quantidade de atores locais capacitados nas comunidades costeiras para realizar essa atividade que é muito arriscada e demanda conhecimentos técnicos específicos.
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